Me prende no teu abraço e me
beija até eu esquecer de ir embora. Eu sempre digo que preciso ir e você, com
um só beijo, me convence a ficar. E sempre rompe a barreira de bobagens que eu falo, dizendo que é melhor a gente não se envolver. Você sempre passa dos limites. E quando
percebo já estou entregue aos seus braços, torcendo para que você não me solte
mais. Eu fico.
Seu beijo me acalma, e eu
sempre sorrio boba quando nossos lábios se separam. Ou quando vejo seu olhar
bobo me comendo com os olhos. Você me abraça e me pede para ficar, e eu não sei
como poderia dizer “não” pra você. Eu sempre fico.
E a gente conversa, às vezes até em silêncio, e a paz que você me traz me faz relaxar. Eu sempre fico vulnerável nos teus braços. Justo eu, que quero sempre o controle, a liberdade, a distância... de você, não consigo me afastar. Eu simplesmente fico.
A madrugada passa e eu estou ali, dormindo segura nos seus braços. Acho que te desperto com meus movimentos inquietos, e quando abro os olhos, seus olhos estão abertos me encarando. Já te falei o quanto gosto dos seus olhos? Eu sempre acho que eles estão sorrindo para mim, me pedindo pra ficar. E eu reclamo que já passou do horário, mas fico.
Me invade com a tua paz, com
a tua liberdade, com o teu carinho e o teu cuidado. Me prende nos teus braços
até eu dormir e esquecer de ir embora. Ou dorme nos meus braços e, sonolento,
diz aquelas frases desconexas que me fazem rir. Mesmo com sono, você me
desperta tantas coisas boas que eu nem posso descrever, pra não correr o risco
de diminuí-las. Você é lindo. E desperta em mim o que existe de mais bonito
também. Eu não quero ter que ir embora. Eu sempre reluto, mas no fundo nós dois
sabemos que eu quero ficar.